Articulo enviado por: Gloria Scappini
Antropologa paraguaya residente en Francia actualmente investigando la esclavitud del pueblo Aché en la zona de Caazapà
O estudo da história do povo indígena no Brasil será obrigatório em todas as
Segundo André Lázaro, secretário de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade do Ministério da Educação (MEC), a medida vale para todas as
escolas de ensino fundamental e médio e deverá fazer parte de todo o
currículo escolar, sem a necessidade de mudança na grade curricular.
"A lei sancionada pelo presidente não cria novas disciplinas, por isso a
grade curricular não será alterada. O que muda é que haverá uma preocupação
maior na formação dos professores para deixá-los melhor preparados para
lidar com o assunto em sala de aula. É uma medida saudável e tem como
objetivo mudar a abordagem da questão indígena", afirmou o secretário.
Referência generalizada
Uma das críticas da Fundação Nacional do Índio (Funai) tinha com relação ao
estudo da história indígena no país é que as escolas costumam tratar os
índios de forma generalizada - sem especificar que existem mais de 200 povos
e etnias no país - e geralmente referem aos índios no passado.
"As escolas dizem que os índios foram, que os índios fizeram. E eles estão
aqui, falam cerca de 180 línguas diferentes, estão presentes e espalhados
por todo o país", disse Neide Martins Siqueira, coordenadora de apoio
pedagógico da Funai.
Segundo ela, o movimento indígena sempre lutou para mudar essa abordagem nas
escolas. "Estamos felizes com a lei e o que a gente espera agora é que ela
ajude na elaboração de um novo currículo e de uma nova abordagem sobre a
história indígena nas escolas", disse.
Diversidade é riqueza
De acordo com o secretário, um dos objetivos da lei é fortalecer e estimular
o estudo sobre o povo indígena em sala de aula. "A gente quer reconhecer a
diversidade do nosso país como riqueza e não como entulho. Além disso,
queremos valorizar essa riqueza de outras maneiras e não apenas dando
destaque para a dimensão do sofrimento e violência que esses povos
sofreram", afirmou o secretário.
Segundo Lázaro, o MEC já possui material de pesquisa sobre a história dos
índios, o que servirá de apoio na discussão do material didático a ser usado
em sala de aula.
Mudanças na LDB
A lei 11.465/08 altera um artigo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e
substitui a lei 10.639/03, que já previa a obrigatoriedade do ensino sobre
história e cultura afro-brasileira em todas as escolas brasileiras. A partir
de agora, confere-se o mesmo destaque ao ensino da história e cultura dos
povos indígenas.
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Antropologa paraguaya residente en Francia actualmente investigando la esclavitud del pueblo Aché en la zona de Caazapà
O estudo da história do povo indígena no Brasil será obrigatório em todas as
escolas da rede oficial de ensino do país, tanto públicas como privadas. A
lei que determina a obrigatoriedade do ensino do tema em sala de aula foi
sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada nesta
terça-feira (11) no Diário Oficial da União.
lei que determina a obrigatoriedade do ensino do tema em sala de aula foi
sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicada nesta
terça-feira (11) no Diário Oficial da União.
Segundo André Lázaro, secretário de Educação Continuada, Alfabetização e
Diversidade do Ministério da Educação (MEC), a medida vale para todas as
escolas de ensino fundamental e médio e deverá fazer parte de todo o
currículo escolar, sem a necessidade de mudança na grade curricular.
"A lei sancionada pelo presidente não cria novas disciplinas, por isso a
grade curricular não será alterada. O que muda é que haverá uma preocupação
maior na formação dos professores para deixá-los melhor preparados para
lidar com o assunto em sala de aula. É uma medida saudável e tem como
objetivo mudar a abordagem da questão indígena", afirmou o secretário.
Referência generalizada
Uma das críticas da Fundação Nacional do Índio (Funai) tinha com relação ao
estudo da história indígena no país é que as escolas costumam tratar os
índios de forma generalizada - sem especificar que existem mais de 200 povos
e etnias no país - e geralmente referem aos índios no passado.
"As escolas dizem que os índios foram, que os índios fizeram. E eles estão
aqui, falam cerca de 180 línguas diferentes, estão presentes e espalhados
por todo o país", disse Neide Martins Siqueira, coordenadora de apoio
pedagógico da Funai.
Segundo ela, o movimento indígena sempre lutou para mudar essa abordagem nas
escolas. "Estamos felizes com a lei e o que a gente espera agora é que ela
ajude na elaboração de um novo currículo e de uma nova abordagem sobre a
história indígena nas escolas", disse.
Diversidade é riqueza
De acordo com o secretário, um dos objetivos da lei é fortalecer e estimular
o estudo sobre o povo indígena em sala de aula. "A gente quer reconhecer a
diversidade do nosso país como riqueza e não como entulho. Além disso,
queremos valorizar essa riqueza de outras maneiras e não apenas dando
destaque para a dimensão do sofrimento e violência que esses povos
sofreram", afirmou o secretário.
Segundo Lázaro, o MEC já possui material de pesquisa sobre a história dos
índios, o que servirá de apoio na discussão do material didático a ser usado
em sala de aula.
Mudanças na LDB
A lei 11.465/08 altera um artigo da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e
substitui a lei 10.639/03, que já previa a obrigatoriedade do ensino sobre
história e cultura afro-brasileira em todas as escolas brasileiras. A partir
de agora, confere-se o mesmo destaque ao ensino da história e cultura dos
povos indígenas.
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