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martes, 29 de abril de 2008

Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007

Exclusivo: Galeano Fala ao SopaBrasiguaia.com (IV)

Por Fernando Fernandes e Guilherme Wojciechowski

Na quarta parte da entrevista exclusiva concedida ao SopaBrasiguaia.com, Enrique Ramón Galeano, radialista “expulso” do Paraguai pela máfia, fala sobre sua percepção sobre os principais problemas enfrentados pelo país atualmente, bem como sobre o panorama político-econômico.

O Paraguai, Por “Kike” Galeano

O maior problema em nosso país é o analfabetismo funcional. Existem muitos universitários egressos com diplomas em mãos, que não sabem redigir sequer uma nota. O sistema educativo é realmente péssimo e é preciso um giro de 180 graus nesse sentido.

Para solucionar estes problemas é preciso concursar os cargos educativos (mas fazê-lo com seriedade), proibir taxativamente que políticos se metam a nomear professoras (...) nas escolas do interior para pagar favores políticos.

O manuseio dos cargos públicos de vital importância é o mais grave no Paraguai, muitos investidores têm medo dos ministros que estão em tal ou qual pasta, posto que estes não têm autonomia para decidir temas próprios de seu ministério, sempre tem um Calé Galaverna, um Magdaleno Silva ou um Julio Colmán para meter a colher em temas que nem conhecem, para ter algum benefício por fora ou para fazer a vida impossível a algum investidor, ganhar licitações.

A propósito, o doutor Nelson Mora (procurador da República) dizia que eu podia confiar no “Estado de Direito” que vive o país. Só lhe pergunto se existe Estado de Direito no Paraguai. Por que, de todos os investidores chineses que construíram o parque industrial de Ciudad del Este, a maioria se foi?

Se existe Estado de Direito, como um deputado insulta uma promotora do meio-ambiente e nada lhe acontece? Ou outro deputado, de arma em punho, “assalta” o caminhão da Comissão Nacional de Emergência, com alimentos para as pessoas necessitadas, e obriga o motorista a ir à delegacia. Esse é o Estado de Direto em que Nelson Mora quer que eu confie?

Volto a repetir, para sanar este problema, é preciso investir em uma educação integral, e mais, pode-se começar a pensar em uma educação alternativa no Paraguai, uma educação horizontal, regionalizada, de modo a eliminar o máximo possível a migração de jovens de zonas rurais às margens da pobreza. Estou escrevendo um projeto a respeito, vou postá-lo em um site gratuito (...)

Censura

O jornalista é livre no Paraguai, mas não o meio de comunicação em que ele trabalha. Como a maioria dos donos de meios tem seus pecadinhos ou suas dívidas com tal ou qual político, sempre estará atado a esta situação.

Eu sofri na própria carne esta situação, o administrador me dizia sempre que “praguejasse menos”, que não fizesse comentários, porque não ia solucionar o problema, tanto que por ser assim, explosivo, espontâneo no rádio, é que ganhava pouco, não me davam publicidade.

A maioria tinha medo de Magdaleno (Magdaleno Silva, deputado colorado acusado de envolvimento com o tráfico de drogas), é preciso viver em Yby Yaú para entender este tema, assim de fora é muito difícil.

Alternativas

Se fosse possível fazer algo diferente, seria o melhor. Entre os candidatos há virtudes muito positivas, no entanto, o cenário político e o papel de alguns dos candidatos nestas eleições é muito duvidoso e maquiavélico.

Por exemplo, a liberdade de Lino Oviedo, não tenho dúvida, é um jogo político de Nicanor para tirar votos de Lugo. Com isso Blanca Ovelar terá mais chances de ganhar. Faz 50 anos que o PARTIDO COLORADO não governa, a estrutura do Partido é utilizado por um grupo de ambiciosos e sedentos de poder, com o lema “se não roubamos nós, outros virão roubar”.

Governabilidade no dicionário político tem uma acepção específica: “roubem e deixem-me roubar” ou “nomeiem quem quiserem, que eu nomeio quem eu quero”. É simples assim como funciona a coisa e não me digam que não há provas disso, se não, como se explica o esvaziamento do BNT (Banco Nacional dos Trabalhadores do Paraguai), os investimentos “irrecuperáveis” do IPS (Instituto de Previdência Social).

Como se entende que um ex-moveleiro, animador de festivais (...) como Calé (Juan Carlos Galaverna, senador colorado), em poucos anos, tenha construído semelhante patrimônio? Ou um Magdaleno Silva, que de leiteiro passou a potentado em um piscar de olhos? Que investigou a origem de sua fortuna? A rádio com o estúdio mais moderno da região, da qual se orgulha, como conseguiu? Se verdadeiramente o Partido Colorado governasse, estes “heróis” não deveriam estar, por ética, no parlamento. Conste que há uma comissão de ética no próprio parlamento, imagine se não houvesse.

Lugo é um grande candidato, pode fazer muito pelo país, mas, quem serão os membros de seu gabinete? Ele tinha de ter planejado isso já de entrada, para demonstrar ao país que realmente tem coragem para mudar, apresentar aqueles que formarão seu primeiro círculo. Lugo sem dúvida é um grande candidato, mas não é político e não vão lhe deixar governar.

Oviedo teve muito boas idéias quando lutava em exílio. Capaz que agora, com a liberdade que tem, essas idéias tenham ido ao solo. Eu não acredito em um militar no poder. Um militar é um militar sempre, mesmo que tenha deixado o uniforme há anos. Além disso, é outro que vai dever favores a Nicanor e por fim a toda sua camarilha.


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